quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Leve. Muito leve. O coração flutua.


NUIT BLANCHE I





Enquanto você dorme
como a cria que fecha
os olhos e confia,
eu atravesso a noite
e esquadrinho a lenta-mente
atrás de alguma metáfora
indecente
que me permita te expressar
minha pouca ousadia
que me induz ao erro
de te querer mais próxima,
talvez junto de mim,
mas ainda assim
o que quero,
e ainda assim é um erro,
mas aceito meu destino,
se é tudo o que quero.
As horas mortas se põem
atrás do horizonte de todos os relógios.
Eu que tenho andado tão calado,
ponho-me feito criança
com a perspectiva
de um só dos teus sorrisos,
que são mistério do mundo,
e são todo meu mistério.



-Victor Mariusso
Bauru, 13/11/05




Ouvindo: Bidê ou Balde - Mesmo Que Mude

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